Se junho fosse uma pessoa...

Junho não entra em silêncio — ele chega com cheiro a mudança, com a esperança nos olhos e o calor a instalar-se no corpo e na alma. É um mês de viragens: termina o que já pesava e antecipa o que pode ser leve, fresco, novo. E se junho fosse mais do que um mês? Se tivesse voz, corpo, jeito? Hoje, deixo-te com um exercício de imaginação...

Se junho fosse uma pessoa, chegaria sempre sem avisar, com um sorriso de quem guarda segredos doces no bolso. Trazeria nos braços uma cesta de cerejas e nos olhos aquela luz dourada das tardes em que tudo parece possível.

Seria o tipo de gente que entra devagar, mas aquece logo o ambiente. Que te convida a sair mesmo quando só querias ficar. Que dança ao som de músicas antigas e ri de forma contagiante.

Junho saberia ouvir. Teria cheiro a roupa lavada, som de passos na areia e sabor a gelado derretido. Seria memória de escola a terminar, de malas a meio caminho da porta, de promessas de férias que ainda não chegaram.

Junho seria gentil, mas também impaciente. Às vezes, exageradamente emocional. Daria abraços demorados e sumiria sem te dizer se volta igual no próximo ano.

Se junho fosse uma pessoa, eu diria: "Fica mais um pouco."

Porque com ele, até os dias mais confusos parecem leves.

Com carinho, 

Daniela Silva ✨️

📌Texto escrito com alma e intenção por mim, Daniela Silva. Por favor, respeita o meu trabalho — nada de cópias sem pedir, sim? Válido para todos os posts, quando são escritos por outros, são sinalizados.